Grupo Opersan
Com mais de 30 anos de experiência em projetos ambientais, a companhia atua com foco em gestão de águas e efluentes para o mercado corporativo.
O Tratamento de efluentes industriais requer atenção, conscientização e competências técnicas para realizar corretamente todos os procedimentos relacionados aos passivos ambientais gerados pela empresa.
O primeiro passo começa quando a organização compreende a necessidade do descarte adequado dos resíduos e se atenta a possíveis impactos decorrentes de processos mal direcionados. Além do cumprimento da legislação, e dos inúmeros benefícios ambientais ligados a essas atividades, é importante entender mais sobre o volume e tipo de resíduos que a empresa em questão gera, assim será possível identificar o melhor tratamento e escolher qual parceiro contratar para auxiliar na demanda.
Como identificar a modalidade de tratamento ideal para a empresa
O alinhamento entre setores ligados à operação, qualidade e meio ambiente contribui no entendimento dos processos da empresa. A partir da identificação do tipo de resíduo resultante das atividades realizadas, é possível avaliar com mais clareza qual a opção de tratamento adequada à demanda e volume dos efluentes. E, após uma análise detalhada, o próximo passo é decidir qual a modalidade ideal para o tratamento.
Entre as opções consideradas ambientalmente corretas, existem as modalidades OnSite, quando a construção, operação e manutenção do sistema de tratamento são realizadas in loco, e OffSite, que se dá pela terceirização do tratamento, cujo prestador de serviços ambientais se responsabiliza pela coleta, transporte, tratamento e destinação dos efluentes tratados, enquanto a empresa geradora paga pelo serviço sem precisar investir em uma estrutura própria.
O que considerar ao escolher a empresa responsável pelo tratamento dos efluentes
O primeiro passo depois de definir que a modalidade a ser adotada será a OffSite, é decidir o parceiro que irá exercer o tratamento. Neste caso, é importante avaliar algumas informações para assegurar que o contratado é capaz de realizar o procedimento sem causar impactos a empresa e ao meio ambiente, como:
• Verificar se o prestador de serviços possui reconhecimento dos órgãos ambientais e todas as licenças de operação exigidas;
• Ter a certeza que a destinação do efluente é feita corretamente, não gerando, assim, passivos ambientais;
• Exigir a rastreabilidade que comprove o recebimento do efluente;
• Confirmar se possui Emissão do CDF (Certificado de Destinação Final), que comprova o tratamento adequado do resíduo.
• Algumas certificações também devem ser levadas em conta na decisão da contratação do parceiro, pois é mais uma garantia de um tratamento feito dentro das leis vigentes, a exemplo podemos citar as certificações ISO 9001 e ISO 14001.
Os tipos de tratamento de efluentes OffSite
Antecedendo o tratamento e disposição final, os efluentes advindos das atividades industriais precisam ser caracterizados e quantificados através das análises laboratoriais, onde são identificados os parâmetros físico-químicos dos resíduos e, então, definida a melhor opção de tratamento. É importante ressaltar que o laboratório precisa ser acreditado pela norma ISO 17025.
São passíveis de tratamento OffSite os efluentes ácidos, alcalinos, biológicos, chorume, contaminados com óleos ou metais pesados; e vários outros mediante consulta, podendo cada um ser tratados através de técnicas apropriadas a sua composição, sendo:
• Tratamento físico-químico: Apropriado para proceder em água contaminada com óleos ou metais pesados, soluções ácidas ou alcalinas e alguns outros casos específicos. Nesse método, os elementos contaminantes são separados e fracionados em diversas etapas, liberando a água limpa para despejo seguro.
• Tratamento biológico: Indicado para efluentes Classe II (Não Inertes e Inertes), com baixo risco de contaminação, como caixas de gordura, fossas sépticas, chorume e efluentes biodegradáveis. Esse procedimento ocorre pela biodigestão dos compostos orgânicos dos efluentes, através da ação microbiológica.
• Termocompressão a vácuo: Consiste na destilação dos efluentes, sendo a melhor opção para contaminação por sulfetos, sulfatos, óleos e graxas, metais pesados e efluentes com altas cargas de DBO e DQO.
As etapas do tratamento OffSite
Após definir o parceiro e tipo de tratamento, a modalidade OffSite integra as seguintes etapas:
• Armazenamento: É de suma importância ter o armazenamento adequado para otimizar as operações, reduzir custos e, também, solucionar algumas questões ambientais. Para este fim, geralmente, utilizam-se lagoas, tanques, caixas separadoras, tambores, bombonas, contêineres, IBC’s, fossas sépticas, poços de inspeção ou de captação, entre outros locais. Entretanto, o armazenamento correto deve seguir de acordo com a caracterização dos resíduos, que são classificados em perigosos (classe I) ou não perigosos (classe II A e II B), identificando, assim, o modo mais adequado.
• Coleta e Transporte: A coleta e o transporte devem ser executados com equipamentos e veículos especialmente preparados para a atividade, para que o efluente seja removido de forma congruente do local armazenado e, então, encaminhado para a destinação final onde será realizado o tratamento.
• Tratamento e destinação: O tratamento deve ocorrer em estações operadas por empresas especializadas e focadas na solução OffSite, onde serão absorvidas variações físicas, químicas e biológicas dos efluentes, para que retornem ao meio ambiente de forma segura e em cumprimento com as leis estaduais e federais.
O passo-a-passo da Opersan no processo de escolha de um parceiro OffSite
Os benefícios do tratamento OffSite
Cabe a empresa avaliar sua situação e decidir qual modalidade é a melhor para lidar com os seus resíduos, porém, a modalidade OffSite torna-se a melhor opção nas seguintes situações:
• Limitação Física: Quando a organização possui espaço físico limitado e incapaz de comportar uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) própria;
• Inviabilidade técnica/econômica: Nos casos em que os volumes de geração ou complexidade do efluente tornam a construção de estações dedicadas econômica ou operacionalmente inviáveis para adequação às exigências ambientais;
• Serviços temporários: Quando é necessária a realização de manutenção em estações próprias dependendo do encaminhamento dos efluentes para tratamento externo.
Nesse cenário, uma das grandes vantagens é que as atividades não interferem nas operações da empresa, além de isentá-la dos riscos operacionais, trabalhistas e ambientais que a ação engloba.
Além disso, a preocupação com o meio ambiente, que se dá através de ações práticas e sustentáveis, é valorizada pelos stakeholders. Dessa forma, realizar o tratamento de efluentes contribui consequentemente no branding da empresa.
Outros benefícios da modalidade:
• Gestão simplificada do tratamento dos efluentes;
• Uso da expertise de uma empresa que detém o conhecimento e a experiência necessária para determinar as melhores e mais eficazes formas de tratamento para os efluentes;
• Foco no próprio negócio, já que os processos de coleta, transporte, tratamento e monitoramento dos efluentes são realizados pela empresa contratada;
• Auxílio na obtenção de certificações;
• Governança pelo meio ambiente e projetos sustentáveis.
Conclusão
Apresentamos aqui tudo que você precisa saber sobre a solução OffSite. Todavia, independentemente da modalidade a ser escolhida, o tratamento de efluentes industriais é uma ação imprescindível para preservar o meio ambiente, evitar uma série de prejuízos e sanções legais e, ainda, reforçar o posicionamento sustentável junto ao mercado.
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Este texto foi produzido pela equipe do Grupo Opersan, originalmente publicado neste link: https://info.opersan.com.br/tudo-sobre-tratamento-de-efluentes-offsite
