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Se for aprovado um modelo eficaz, a economia poderá crescer 20% em 10 anos


Se for aprovado um modelo eficaz, a economia poderá crescer 20% em 10 anos

As empresas brasileiras trabalham quase metade de cada ano apenas para pagar impostos, alerta dirigente da FIESP/CIESP, que propõe um modelo de reforma eficaz para todos.

Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), defendeu uma reforma tributária que estabeleça isonomia de arrecadação entre todos os setores e simplificação do sistema, em reunião virtual, na manhã desta sexta-feira (18/06), com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). "Se for aprovado um modelo eficaz, a economia poderá crescer 20% em 10 anos, o consumo das famílias, 17%, e a produtividade, 15%", acentuou.

Cervone frisou que a indústria, embora represente hoje 11% do PIB nacional, recolhe um terço de todos os impostos, relação que demonstra as distorções existentes. "Tenho constatado nas reuniões do Business 20, braço privado do G20, do qual sou integrante, que a disputa no contexto da economia global passa a se concentrar na indústria, inclusive no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias essenciais à recuperação no pós-pandemia", relatou.

O setor, segundo representantes de várias nações, diplomatas e autoridades, torna-se estratégico para a retomada no pós-pandemia.
Não é sem razão que o Senado dos EUA aprovou nova política de fomento da atividade, que já havia recebido aporte de US? 3 bilhões do Governo Biden, e que na União Europeia esteja ocorrendo o diferimento e/ou postergação do recolhimento de impostos, enfatizou Cervone, reafirmando sua posição em defesa de alíquota tributária única para todos os ramos de atividade.

Quanto à simplificação e desburocratização do sistema arrecadatório, Cervone revelou que somente a gestão dos complexos procedimentos exigidos nas empresas industriais tem custo de 0,75% do faturamento, ônus que se somam aos altos tributos pagos pelo setor.

"Trabalhamos 151 dias por ano somente para pagar impostos", frisou, apontando o peso da tributação como um dos principais fatores que reduzem a competitividade sistêmica do parque fabril brasileiro.

O encontro com o deputado Arthur Lira, assistido por mais de mil pessoas, foi promovido por Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, respectivamente, às presidências da FIESP e do CIESP, nas eleições de 5 de julho próximo. Cervone concorre pela Chapa 2, tendo Gomes como primeiro-vice. Na FIESP, na qual há chapa única, as posições são invertidas. Tal composição atende ao desejo das bases industriais paulistas, que desejam diretorias autônomas, mas união e sinergia entre as duas casas.

O presidente da Câmara Federal receberá, ainda hoje (18/6), documento das entidades oferecendo sugestões de interesse da indústria e de seus trabalhadores à reforma tributária, como também da sociedade como um todo. São propostas que asseguram crescimento econômico para o País.
O deputado Arthur Lira demonstrou todo o interesse em avançar com a contribuição das entidades.

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