Fernando Brasilio da Silveira
Gestor de Negócios Pré-Tratamento
“Se compararmos o Brasil com os demais países europeus e norte-americanos, vejo nosso país em um estágio bastante embrionário quanto ao consumo do alumínio, dessa forma, as possibilidades se multiplicam”
Qual a grande novidade da sua empresa relacionada ao segmento de alumínio em Tratamento de Superfície?
Hoje, na Metal Coat, contamos com a parceria da Alufinish, da Alemanha, que, em 2022, completa 50 anos de mercado mundial, e nós estamos trazendo para o mercado, especificamente de pintura, uma linha de desengraxantes ácidos que operam de forma a suportar altas cargas de alumínio dissolvido na solução, sem prejuízos à performance do processo, permitindo o cumprimento às normas Qualicoat relacionadas à perda de massa e resistências, químicas e mecânicas, além de uma novidade bastante revolucionária para ligas convencionais, bem como aeroespaciais, livres de cromo hexavalente, que oferecem resistência a teste de névoa salina sem recobrimento de tintas, na ordem de 720 horas sem corrosão.
“Temos um campo muito fértil para explorar no que tange aos bens de consumo”
Como você enxerga o atual cenário do mercado de alumínio? Quais são os principais desafios e quais os planos de ação para transpô-los?
Acreditamos que o mercado de alumínio tende a um crescimento exponencial, prova disso é o aumento sensível nos artefatos arquitetônicos, não somente falamos de esquadrias, mas o aumento da demanda nos produtos relacionados aos sistemas de geração de energia (painéis fotovoltaicos, além de sistemas de geração de energia já bem conhecidos), partes e peças automotivas além do crescente mercado aeroespacial no Brasil. As dificuldades sempre existirão, cabe a nós estarmos na vanguarda do processo produtivo para que possamos lidar com o cenário que se apresentar.
Em qual área relacionada ao alumínio a sua empresa atua? O que representa essa área dentro do negócio da sua empresa?
A Metal Coat atua de forma global no alumínio, desde a fabricação de arquitetônicos até sofisticados processos no campo aeroespacial, não somente para pintura bem como anodização e passivações isentas de cromo. O Processo do Alumínio na Metal Coat já é uma realidade. Iniciamos, no final de 2016, uma estratégia bem definida para, em um primeiro momento, estarmos figurando neste mercado; hoje já somos reconhecidos por nossos produtos e atendimentos diferenciados, com excelente relação custo-benefício.
Como a pandemia afetou seus negócios? Nesse aspecto, como crê que ocorrerão os anos vindouros?
Em um momento inicial, creio que todos fomos pegos de surpresa. Foi, de fato, um momento de reflexão, de desligarmos as máquinas e colocarmos a cabeça para trabalhar. Felizmente, a Metal Coat conta com um time bastante comprometido e dedicado e uma administração e gestão muito presentes e atuantes. Assim, quando se iniciou uma nova realidade, felizmente, não sofremos nenhuma perda em nosso time, o que, em situações como essa, é motivo de celebração, embora a notícia de pessoas queridas que se foram por todos os cantos sempre abala a todos nós. Muito bem, realinhamos a gestão dos negócios e reavaliamos os modelos de trabalho para que isso não trouxesse prejuízos para a empresa e nem aos colaboradores. Conseguimos, de uma forma inteligente, e com muito esforço de todos, manter os negócios. Realizamos um crescimento bastante significativo sem a necessidade de dispensas, pelo contrário, saímos a campo aumentando e qualificando ainda mais nosso time.
“Acreditamos que o mercado de alumínio tende a um crescimento exponencial”
Houve alguma escassez de matérias-primas utilizadas com o alumínio? Se sim; como a sua empresa minimizou os impactos desse desafio?
É evidente que algumas situações além da pandemia também nos pegaram de surpresa, como a falta de matérias-primas essenciais e o incremento nos preços de maneira absurda, isso realmente tira qualquer um da sua zona de conforto – abala qualquer planejamento –, mas, conforme comentei anteriormente, a Metal Coat procura estar na vanguarda dos negócios. Dessa forma conseguimos, e ainda estamos conseguindo, superar esses obstáculos.
Qual é a projeção de sua empresa para o(s) próximos anos?
Enxergamos um futuro muito positivo para os próximos anos, temos muito a desenvolver quanto a tecnologia e, por que não, na demanda do mercado. Temos um campo muito fértil para explorar no que tange aos bens de consumo, com a devida estratégia e comprometimento, não será surpresa um forte crescimento no mercado brasileiro.
Quais são as principais tendências do trabalho com o alumínio? Crê que ainda há o que se desenvolver dentro desse segmento?
Se compararmos o Brasil com os demais países europeus e norte-americanos, vejo nosso país em um estágio bastante embrionário quanto ao consumo do alumínio, dessa forma, as possibilidades se multiplicam, creio que com o desenvolvimento de regiões fora dos grandes centros, que já enxergo como realidade, a tendência é de crescimento – e não será pouco.
“Dificuldades sempre existirão, cabe a nós estarmos na vanguarda do processo produtivo”
