Sandro Gomes da Silva é Diretor-Secretário da ABTSQue momento! Vamos conseguir passar por esse cenário impensável, mas de que maneira? Uma análise sobre os impactos da Covid-19
Nós da ABTS confessamos que começamos o ano de 2020 cheios de expectativas positivas, ano novo, sede nova, Ebrats, cursos on-line, cursos in company, nossos tradicionais e diferenciados cursos presenciais, várias ideias para nossos eventos sociais. Eu, particularmente motivado pelo novo cargo de Diretor Secretário... Enfim, muitas expectativas positivas.
O ano de 2020 começou com prenúncios de uma retomada econômica e os números relativos a uma possível volta da geração de emprego e renda nos animava a sonhar com um ano produtivo. Aí veio a pandemia. Tudo mudou.
O Brasil e o mundo vivem hoje, talvez, o pior momento da história. Enfrentando uma crise global causada pela disseminação de um vírus que começou na longínqua China e espalhou-se para todo o planeta. Planos de contingência da epidemia que virou pandemia estão sendo montados por governos ao redor do mundo e a principal recomendação é o isolamento social. As autoridades de saúde acreditam que essa é a melhor forma de evitar que a Covid 19 – doença causada pelo Coronavírus – atinja proporção de infectados que provoque o colapso dos sistemas de saúde. Os números de infectados e mortos são atualizados diariamente e crescem em proporção geométrica.
As autoridades brasileiras também optam pelo mesmo sistema de manter a população em casa e restringir ao máximo a circulação de pessoas. Isso implica no fechamento do comércio, shoppings e pequenos negócios, motores da economia nacional.
É possível minimizar os impactos?
Não se discute a gravidade do momento em que vivemos e as medidas que estão sendo tomadas para conter o avanço do Coronavírus. O que se pede é que o bom senso não seja abandonado nessa hora de comoção nacional. O fechamento de toda atividade econômica é uma medida que não pode ser implantada por tempo indeterminado, visto que a maioria das empregadoras de mão de obra no país são pequenas e médias. Esses empresários não dispõem de fôlego financeiro para arcar com demasiado tempo em quarentena. Diferentemente dos grandes conglomerados, o acesso ao crédito por esses micro e pequenos empreendedores é difícil. A burocracia é inimiga e a falta de capital e clientes por muito tempo tende a inviabilizar negócios definitivamente. Isso sem falar do custo social que o país terá com o desemprego em massa e a recessão que já se anuncia como sendo severa.
É urgente que o governo e toda sociedade se unam para que atravessemos essa tormenta com o mínimo de baixas possível. Tanto de pessoas como de empresas.
Já passamos por muitos outros momentos de estresse social e econômico e vencemos.
Venceremos de novo! É tempo de juntarmos forças e deixarmos de lado a paixão ideológica que só atrapalha o processo de reconstrução do Brasil. O desafio é enorme e não pode ser encarado somente pelo governo. Para vencer essa pandemia e voltarmos a ter esperança nós vamos precisar de todo mundo.
Faça a sua parte!
Acesse a Publicação original na revista Tratamento de Superfície | Edição 219 - Abril 2020