Carmo Leonel Júnior é Vice-diretor Secretário da ABTS
ABTS acompanha e analisa um dos principais desafios enfrentados pelo setor: a busca pela sustentabilidade, sem comprometer a viabilidade econômica das empresas
O equilíbrio entre inovação, sustentabilidade e viabilidade econômica no mercado de tratamento de superfície
No mercado de tratamento de superfície é fundamental que as empresas estejam alinhadas com as novas tendências de uso de produtos sustentáveis e ecologicamente amigáveis. Essa preocupação não apenas reflete uma responsabilidade ambiental, mas também se tornou uma demanda crescente dos consumidores e uma exigência das regulamentações governamentais. No entanto, é importante ressaltar que a busca pela sustentabilidade não pode comprometer a viabilidade econômica do setor.
No Brasil, o mercado de tratamento de superfície tem se mostrado receptivo às mudanças sustentáveis, impulsionado tanto por pressões externas quanto por uma crescente conscientização das empresas do setor. A demanda por produtos e processos ecologicamente corretos tem aumentado significativamente, refletindo a preocupação dos consumidores em relação ao meio ambiente. Além disso, o governo brasileiro tem implementado regulamentações cada vez mais rigorosas em relação à utilização de substâncias químicas e à gestão de resíduos.
É importante que as empresas do setor compreendam que a adoção de práticas sustentáveis não se trata apenas de cumprir exigências legais, mas também de aproveitar oportunidades de mercado. Ao investir em tecnologias mais limpas e no desenvolvimento de produtos sustentáveis, as empresas podem conquistar novos clientes, diferenciar-se da concorrência e fortalecer sua imagem de marca.
Sustentabilidade e Mercado Internacional
No cenário global, a tendência em direção à sustentabilidade no mercado de tratamento de superfície é ainda mais evidente. Várias regulamentações internacionais, como o REACH (Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Substâncias Químicas) na União Europeia, e outras, têm impactado no setor, restringindo o uso de substâncias nocivas e incentivando a busca por alternativas mais sustentáveis. Além disso, grandes empresas e setores automotivo, aeroespacial e eletrônico têm adotado políticas de sustentabilidade mais rígidas em suas cadeias de suprimentos, demandando produtos e processos mais amigáveis ao meio ambiente.
Manter a sustentabilidade e o meio ambiente é um objetivo crucial, mas também é essencial que o mercado de tratamento de superfície se mantenha saudável e competitivo. Para alcançar esse equilíbrio, as empresas fornecedoras de tecnologia/processos têm investido em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis. Novas formulações químicas, processos de produção mais eficientes e reciclagem de resíduos são áreas que oferecem oportunidades significativas de inovação.
Ao mesmo tempo, é fundamental que essas inovações sejam economicamente viáveis. Os custos associados à adoção de práticas sustentáveis podem ser inicialmente mais elevados, mas a longo prazo podem trazer benefícios tangíveis, como a redução de desperdícios, o aumento da eficiência energética e a diminuição de riscos legais e de imagem. Além disso, a busca por soluções sustentáveis pode abrir novos mercados e fortalecer a posição competitiva das empresas.
No mercado de tratamento de superfície, a manutenção do equilíbrio entre inovação, sustentabilidade e viabilidade econômica é essencial para garantir o futuro do setor. A adoção de práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade estratégica para o crescimento e a diferenciação no setor. À medida que o mercado brasileiro e mundial demanda produtos e processos mais ecologicamente corretos, as empresas que se posicionarem como líderes em sustentabilidade estarão em vantagem competitiva. Portanto, é fundamental que as empresas invistam em pesquisa, desenvolvimento e colaboração para alcançar o equilíbrio necessário para o sucesso sustentável em tratamento de superfície.
“É importante ressaltar que a busca pela sustentabilidade não pode comprometer a viabilidade econômica do setor”