Sérgio Camargo Filho, diretor comercial da Metal Coat, fortalece a equipe para pensar em combater a crise diariamente. Conheça as ações da empresa contra a Covid-19 também na planta fabril e saiba porque o executivo antevê um crescimento para o país, mas depende de todos
Como você e a sua empresa têm enxergado a situação atual?
A situação atual é muito delicada devido às empresas brasileiras já virem de uma crise de mercado de 5 anos onde ninguém mais menciona o passado e se esquecem de tudo o que o empresariado têm vivido nestes últimos tempos. Precisamos nos sintonizar a cada dia sobre o que acontece no mercado e traçarmos estratégias quase que diárias para não perdermos o foco.
Quais foram as principais ações implantadas na empresa/indústria para combater a Covid-19?
Tomamos algumas ações básicas como
home-office em departamentos que podem operar desta maneira. Na linha de produção e laboratórios temos o distanciamento social e remanejamento dos turnos para evitar aglomeração. Disponibilizamos álcool em gel e máscara para todos os funcionários bem como também o remanejamento do horário de almoço para evitarmos proximidades.
Qual o planejamento para minimizar os impactos econômicos dessa fase?
Infelizmente quanto a isso não há receita, todos sofrerão e já sofrem o impacto e o mais importante é ter uma equipe coesa, pensando em conjunto, dia a dia, na melhor maneira de resolver as situações diárias que vão aparecendo. Estamos em dias de guerra e os mínimos detalhes contam e fazem a diferença no final da batalha.
Quais medidas o sr. acha que o governo deveria adotar para que a classe empresária sofra menos impactos negativos por conta da quarentena?
O Governo Federal vem fazendo sua parte tentando minimizar o impacto, incluindo nas micro e pequenas empresas – que somam quase 5 milhões. Medidas importantes para facilitar negociação de dívidas bancárias, aprovadas pelo Conselho Nacional de Crédito, empréstimos voltados ao capital de giro... Todas essas medidas ajudarão de maneira provisória, porém, o mais difícil é esse dinheiro chegar a mão de quem realmente precisa e não tem mais fôlego para suportar tal situação. Não podemos nos esquecer que para que o empresário realmente consiga ter acesso a esse capital de giro, ele precisará passar pelo crivo de algum banco privado ou estatal que levantarão inúmeras restrições para isso e o dinheiro não chegará ao destino final, lamentavelmente.
Quanto ao Governo estadual não vi uma ação de peso que beneficiasse o empresariado, pois os impostos que mais incidem sobre a operação continuam a ser cobrados daqueles que não estão faturando nem para pagar as despesas principais de suas empresas, para a sobrevivência de seu negócio.
Chegou a hora de nossos governantes olharem para aqueles que movimentam o Brasil, que geram empregos, pagam impostos, e movimentam a máquina, mas para isso eles devem deixar a política barata e utópica para elaborarem planos para que o dinheiro realmente chegue na ponta, para que haja uma redução de impostos que desonere a operação, para que o empresariado possa voltar a respirar e vislumbrar um futuro, pois muitos estão sem horizonte e não sabem nem para onde ir.
Qual a sua mensagem inspiradora/de esperança para o mercado?
Mediante esta situação em que todos se encontram, a palavra é de união para que assim todos possam, juntos, vencer as dificuldades que se apresentam dia a dia e esperarmos que, depois de tudo isso, nós brasileiros valorizemos mais os nossos produtos fabricados no Brasil; “Made in Brazil”! Com essa atitude, nosso patriotismo será o divisor para ascendermos novamente mediante a este mercado Brasileiro, que é enorme, com um dos maiores potenciais do mundo na economia futura de crescimento – e podem ter a certeza que as grandes economias do mundo sabem disso!
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