“Mercado financeiro foi marcado pela última semana agitada, que começou com um clima bastante tenso e foi se amenizando mais para fim da semana com as notícias positivas do mercado doméstico”
Executivos comentam reviravoltas econômicas e políticas da última semana e em como elas afetam o mercado brasileiro nesta semana
Da Redação
A última semana foi marcada por turbulências no cenário externo e interno principalmente pela declaração de moratória da Argentina, as questões envolvendo os incêndios na Amazônia além da divulgação dos resultados referentes ao PIB do segundo trimestre. O valor da moratória é de US$ 57 bilhões, segundo o Presidente Maurício Macri a medida é apenas um “reperfilamento”, isto é, uma alteração nos prazos de vencimento, porém com as condições de pagamento ao FMI mantidas. Há uma preocupação no mercado sobre o quanto essa crise pode afetar a economia brasileira, que acaba de escapar da recessão técnica com um crescimento de 0,4% do PIB. Esse valor é 1% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. Alguns especialistas do mercado comentaram os principais destaques do mercado.
Para Daniela Casabona, sócia-diretora da corretora financeira FB Wealth, apesar do início turbulento o clima dos mercados se tranquilizou com notícias mais favoráveis no decorrer da semana. “Mercado financeiro foi marcado pela última semana agitada, que começou com um clima bastante tenso e foi se amenizando mais para fim da semana com as notícias positivas do mercado doméstico, aumento do PIB, progressões da aprovação da previdência pelo senado e um clima mais apaziguado entre EUA e China o dólar começou a dar um sinal de recuperação ante ao real e opera em queda nesta sexta”, comenta.
O estrategista-chefe do Grupo Laatus, grupo educacional de formação de Traders, Jefferson Laatus, fez um panorama dos eventos que mais tiveram impacto no período. “A semana passada começou turbulenta com grandes preocupações de uma guerra comercial. Tensões em cima do G7 quanto às críticas à política ambiental brasileira. Vimos o dólar bater quase R$ 4,20 levando o Banco Central a atuar mais ativamente na contenção do valor da moeda americana. Mesmo assim o dólar continuou forte ao longo da semana com tensões entre Trump e Banco Central americano e a guerra comercial entre China e EUA. Em conjunto, temos a crise da Argentina e a troca de farpas entre Bolsonaro e Macron. A notícia acabou aliviando os resultados negativos do pedido de moratória pelo governo argentino. O mercado abriu na segunda-feira (02/09) com uma leve alta no dólar, em R$ 4,16. Bom lembrar que foi feriado nos Estados Unidos, portanto, um dia de poucas movimentações. A China anunciou que não irá retalhar o aumento de tarifas sobre seus produtos, e se colocou à disposição de uma negociação. Caso a tendência se mantenha teremos um início de semana tranquilo, por enquanto, os investidores continuam receosos quanto à possibilidade reação da China as taxações”, explica.
Mercados iniciam a semana tranquilos após turbulências
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