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Mercados iniciam a semana tranquilos após turbulências


Mercado 02 de setembro de 2019 | Por: Portal TS
Mercados iniciam a semana tranquilos após turbulências
“Mercado financeiro foi marcado pela última semana agitada, que começou com um clima bastante tenso e foi se amenizando mais para fim da semana com as notícias positivas do mercado doméstico” Executivos comentam reviravoltas econômicas e políticas da última semana e em como elas afetam o mercado brasileiro nesta semana Da Redação A última semana foi marcada por turbulências no cenário externo e interno principalmente pela declaração de moratória da Argentina, as questões envolvendo os incêndios na Amazônia além da divulgação dos resultados referentes ao PIB do segundo trimestre. O valor da moratória é de US$ 57 bilhões, segundo o Presidente Maurício Macri a medida é apenas um “reperfilamento”, isto é, uma alteração nos prazos de vencimento, porém com as condições de pagamento ao FMI mantidas. Há uma preocupação no mercado sobre o quanto essa crise pode afetar a economia brasileira, que acaba de escapar da recessão técnica com um crescimento de 0,4% do PIB. Esse valor é 1% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. Alguns especialistas do mercado comentaram os principais destaques do mercado. Para Daniela Casabona, sócia-diretora da corretora financeira FB Wealth, apesar do início turbulento o clima dos mercados se tranquilizou com notícias mais favoráveis no decorrer da semana. “Mercado financeiro foi marcado pela última semana agitada, que começou com um clima bastante tenso e foi se amenizando mais para fim da semana com as notícias positivas do mercado doméstico, aumento do PIB, progressões da aprovação da previdência pelo senado e um clima mais apaziguado entre EUA e China o dólar começou a dar um sinal de recuperação ante ao real e opera em queda nesta sexta”, comenta. O estrategista-chefe do Grupo Laatus, grupo educacional de formação de Traders, Jefferson Laatus, fez um panorama dos eventos que mais tiveram impacto no período. “A semana passada começou turbulenta com grandes preocupações de uma guerra comercial. Tensões em cima do G7 quanto às críticas à política ambiental brasileira. Vimos o dólar bater quase R$ 4,20 levando o Banco Central a atuar mais ativamente na contenção do valor da moeda americana. Mesmo assim o dólar continuou forte ao longo da semana com tensões entre Trump e Banco Central americano e a guerra comercial entre China e EUA. Em conjunto, temos a crise da Argentina e a troca de farpas entre Bolsonaro e Macron. A notícia acabou aliviando os resultados negativos do pedido de moratória pelo governo argentino. O mercado abriu na segunda-feira (02/09) com uma leve alta no dólar, em R$ 4,16. Bom lembrar que foi feriado nos Estados Unidos, portanto, um dia de poucas movimentações. A China anunciou que não irá retalhar o aumento de tarifas sobre seus produtos, e se colocou à disposição de uma negociação. Caso a tendência se mantenha teremos um início de semana tranquilo, por enquanto, os investidores continuam receosos quanto à possibilidade reação da China as taxações”, explica.

Previsões para a semana

Pedro Coelho Afonso, economista-chefe da PCA Capital, empresa especializada em investimentos, chama atenção para disputa comercial China e Estados Unidos que pode agitar esta semana, além dos resultados do PIB brasileiro. “As declarações de Trump causaram bastante impacto. Não se sabe ainda qual o rumo que a disputa comercial vai levar, pois as taxas anunciadas pelo presidente americano começam a valer a partir desta semana. Apesar do anuncio da China de que não haverá retaliações, há sempre a desconfiança de qual rumo a disputa entre as duas maiores economias do mundo irá levar. O resultado do PIB brasileiro foi positivo, apesar da economia ainda continuar estagnada o país escapou de uma recessão técnica, caracterizada por dois períodos seguidos de encolhimento da produção. Faltam incentivos mais concretos no curto prazo para destravar a economia pois os mercados continuam estagnados apesar do resultado positivo do PIB”, finaliza.

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