Há 30 anos trabalhando na WEG Tintas, Ivonei Vavassori, gerente de tintas líquidas, resinas e eletroisolantes teve uma carreira pautada pela inovação. Iniciou na indústria como auxiliar de laboratório e hoje comanda uma equipe de 150 pessoas. Conheça os detalhes dessa incrível trajetória
“Sucesso sem felicidade é a pior forma de fracasso”.
Esta frase é de autoria do escritor Roberto Shinyashiki e é um dos pensamentos que norteiam o dia a dia de Ivonei Vavassori, gerente de tintas líquidas, resinas e eletroisolantes da WEG Tintas. Outra importante frase-guia para o executivo vem de um dos fundadores da empresa, o sr. Eggon João da Silva, que dizia: “Pessoas motivadas são a base do êxito”. Vavassori explica: “Posso dizer que as empresas são feitas de pessoas e se você quiser um bom resultado precisa tratá-las com todo o profissionalismo e respeito. Todos sempre têm algo a contribuir, uma ideia a somar!”.
Vavassori teve uma carreira pautada na própria WEG, onde já atua há 32 anos. Iniciou sua vida profissional lá mesmo, quando tinha 16 anos, realizando o curso profissionalizante que a WEG oferecia. Sentindo afinidade, graduou-se em Química e também realizou pós-graduação em Gestão pela FGV. Ele lembra que desde o início o trabalho foi focado na área de tintas líquidas, “especificamente no laboratório de desenvolvimento, onde passei por todas as funções como auxiliar de laboratório, laboratorista e formulador sênior, vindo mais tarde a assumir a chefia do laboratório de desenvolvimento por 10 anos e, posteriormente, promovido a gerente do departamento de tintas líquidas, que engloba a produção e o laboratório. Há dois anos, assumi também a gerência do departamento de Resinas e Eletroisolantes e a área de Pesquisa e Desenvolvimento da WEG Tintas (P&D)”.
Estabilidade para criar
Trabalhar na WEG foi o seu único emprego.
“Recebi, durante esses anos, propostas do mercado, mas na WEG sempre encontrei tudo o que eu procurava - desafios e oportunidades de crescimento”. Essa estabilidade proporcionou liberdade para Vavassori inovar. E ele o fez em produtos, processos e gestão. Além de ter realizado lançamentos de produtos que são comercializados até hoje, como o primer galvânico - foi em sua gestão que a WEG ampliou os produtos para o mercado de offshore. Também implantou, o Sistema Toyota de Produção (STP), inovação da qual se orgulha e que trouxe resultados expressivos para a WEG Tintas. “A implantação do STP foi inesquecível, mudamos toda a fábrica, os conceitos, e com ela em operação, tivemos que lidar com as pessoas, pois elas tinham medo da inovação, e o resultado foi fantástico, ganho de qualidade e produtividade”, recorda.
Com bastante conhecimento técnico, o profissional conta que a área o atraiu e continua atraindo pelos seus desafios constantes. “Hoje, meu trabalho é dividido entre gestão e projetos de pesquisa e dedico uma parcela do meu tempo para acompanhar os detalhes de grandes projetos junto com os químicos. O que me encanta nesta área é que você tem desafios todos os dias, tem muita inovação, os produtos são desenvolvidos para diversos segmentos ou para atender uma linha de produção. Na Química há muita oportunidade para se exercer a criatividade”.
O executivo é um homem focado, tem duas inspirações: os filhos e a superação, com a criação de metas e suas conquistas. Ao gerir, ressalta a o valor de três aspectos para uma indústria ser perene no mercado: mudanças, custos e inovação. “Adaptar-se às mudanças no menor tempo possível, ainda mais em uma economia volátil, é importante para que uma empresa tenha sucesso. Não esquecer que custo é algo que merece a atenção permanente e deve sempre ser trabalhado para diminuir. Outro diferencial é a capacidade de inovar. Os produtos inovadores são o que fazem uma empresa crescer. O que todo mundo faz não alavanca crescimento”, ressalta.
Como ele frisou durante toda a entrevista, o capital humano é o maior valor de qualquer empresa, por isso, motivar a todos a realizarem também uma ‘reinvenção’ é fundamental. “O profissional de hoje deve ser flexível em relação às mudanças e estar preparado para se adaptar a elas rapidamente. É ser inovador. É reinventar-se todos os dias”, assevera.
Inteligência brasileira para exportação
Vale lembrar que Ivonei Vavassori é uma testemunha ocular do crescimento da unidade de tintas da WEG. O Grupo WEG atua em mais de 10 setores e tem produtos nos cinco continentes, com filiais em 29 países e fábricas em 12, e faturamento de quase R$ 10 bilhões por ano. O executivo revela uma linha do tempo com os momentos mais marcantes de seu setor: “A WEG Tintas nasceu em 1983. Em 1987 iniciou a produção de vernizes eletroisolantes e em 1993 a produção de tintas em pó e resina poliéster. Em 2003 iniciamos o fornecimento para o segmento offshore e em 2005 inauguramos a fábrica de tinta em pó. Mais recentemente podemos citar a entrada no segmento de repintura automotiva com a aquisição da Stardur e Paumar, em 2012),” finaliza o executivo.
