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Inovação da Niquelação Rodriguez


TS 227Especial Plásticos 09 de janeiro de 2022 | Por: Portal TS

“Estamos com planos para iniciar os testes com um condicionador isento de ácido crômico”

 

Luiz Gonçalo Alonso Rodriguez
Diretor

 

 

Como o mercado de cromação de plásticos vem se comportando nos últimos anos? Quais tem sido as principais tendências observadas na indústria?

O mercado de cromação de plásticos mudou, pois, hoje em dia, com a globalização, a concorrência é muito maior com uma quantidade de plantas fora do Brasil tornando o mercado mais acirrado, além dos preços serem fechados antes mesmo das ferramentas (moldes) serem feitas, inviabilizando testes práticos com as peças, sendo mais fácil cometer algum engano no fechamento do custo da peça.

Como a pandemia afetou seus negócios? O setor já recuperou os níveis anteriores à crise?

A pandemia nos afetou significativamente com a paralisação das montadoras, construção civil, etc., e, na retomada, enfrentamos um aumento de custos pela dificuldade em conseguir determinadas matérias-primas. O setor recuperou em 80% o decréscimo relativo à pandemia, porém, os custos estão também muito mais altos que anteriormente.

Houve alguma escassez de matérias-primas utilizadas no segmento? Se sim, como se dará a estabilização? 

Houve dificuldade em encontrar algumas matérias-primas, entretanto, para consegui-las, os preços foram subindo principalmente nos metais como níquel e cobre.

Nesse sentido houve algum tipo de repasse ao seu consumidor? Como as mudanças foram recebidas pelo mercado?

Os aumentos foram repassados, entretanto, os índices pedidos não são contemplados – geralmente, os aumentos ficam em torno de 50% do que foi demostrado.

Quais são as principais novidades relacionadas ao processo de cromação de plásticos, especialmente aquelas relacionadas à sua empresa? 

O processo de cromação de plásticos não se altera muito, uma vez que a tecnologia empregada está consolidada e alterações significativas sempre fogem da realidade econômica em relação aos processos convencionais. Estamos com planos para iniciar os testes com um condicionador isento de ácido crômico. 

Qual é a projeção de sua empresa para o segmento?

Um crescimento de, ao menos, 20% em relação ao ano anterior, tentando reduzir refugos e otimizar a produção.

Como está a capacidade produtiva de sua empresa especificamente desse processo? 

Hoje, nossa capacidade produtiva se limita a um turno com 90% da capacidade total, estamos viabilizando um segundo turno que nos ajudará a diminuir custos fixos.

Como se dá o impacto da cromação de plástico no meio ambiente frente a outros tipos de processos? Quais são as tendências nesse sentido?

O impacto da cromação de plásticos no meio ambiente é menor do que alguns setores; desde 1993, nossos efluentes são tratados e o iodo galvânico é retirado por empresa especializada com toda documentação rigorosamente em dia. O problema ambiental se deve muito mais à fabricação das matérias-primas – como ácidos, níquel, ácido crômico, etc. –, do que à galvanoplastia em si.

Qual é o futuro da cromação de plásticos? 

O futuro da cromação de plásticos, ao meu ver, está diretamente ligado, no caso das montadoras, às tendências de design; nos outros casos, como de linha branca e de construção civil, à resistência cada vez maior dos polímeros – na questão de dureza dos mesmos, fazendo, com isso, a substituição dos itens fabricados em latão ou ferro para o ABS. Exemplo disso são as torneiras que anteriormente eram todas de latão e hoje a grande maioria já usa o ABS quase na totalidade de seus produtos.

 

Acesse a revista Tratamento de Superfície edição 227

 

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