Growth mindset explicando: a mentalidade de crescimento e a utilização de seus dois pilares
Carlos Alberto Franco é Diretor de Metal Deposition Solutions, na Umicore. Engenheiro Metalurgista, formado pela FEI, com MBA em Gestão Empresarial, pela FIA. Completando 20 anos na Umicore em 2023, atuou nas unidades brasileiras de Guarulhos (SP), Manaus (AM) e, mais recentemente, Americana (SP); além de 7 anos na Umicore Alemanha e Coreia do Sul, em diferentes unidades de negócio.
Carlos-Alberto.Franco@am.umicore.com
Em tempos de competição cada vez mais acirrada, combinados à períodos turbulentos, crises e problemas geopolíticos, empresas e pessoas não têm tido vida fácil. Diante de tal complexidade, o modo como se enfrenta e se adapta à determinada situação tem se mostrado fundamental. Há consenso que a solução passa pelo desenvolvimento dos profissionais, suas aptidões, qualidades. Nesse contexto, o conceito de mentalidade de crescimento (Growth mindset) tem sido muito explorado nos últimos quinze anos. Na prática, a autêntica mentalidade de crescimento tem dois pilares fundamentais que podem ser utilizados como guia nas decisões: abertura e excelência.
É muito natural ser protetor das próprias convicções, de defender um projeto a todo custo, principalmente quando ele já foi objeto de sucesso passado. São comuns as reuniões e apresentações com posturas de ataque e defesa, quando a busca é por sessões construtivas de troca de ideias, para então se chegar à melhor solução possível naquele novo ambiente que se apresenta. Deve-se estar aberto a ouvir, buscar uma segunda opinião, ver um outro ângulo; e também estar aberto a críticas, pois elas virão. Receber feedback, falhar e aprender com os erros são parte do processo de crescimento, e farão parte do repertório de ferramentas para enfrentar situações futuras.
Estratégias para ir além
Por melhor que seja o seu plano, ele sempre pode ser melhorado. É então que a excelência entra em cena como segundo elemento da mentalidade de crescimento. Apesar da definição de excelência ser um tanto difícil e ampla, a mediocridade, seu antônimo, é bem objetiva e se refere ao que é razoável ou mediano. A mediocridade funciona como um imã que atrai as pessoas à armadilha de baixar os seus próprios padrões, apenas para que as coisas sejam feitas. Esse padrão de atração a resultados medianos acontece, em grande parte, pelo enorme número de atividades e responsabilidades. Assim, foque em suas principais iniciativas, seja mais seletivo se necessário, mas entregue a sua melhor versão.
Abertura e busca pela excelência funcionam em conjunto, se retroalimentam, e não separadamente. A melhor versão de cada um tem as qualidades como ponto de partida, moldadas pelos fracassos e sucessos dentro do ciclo contínuo de desenvolvimento. “Nós somos aquilo que repetidamente fazemos. A excelência, então, não é um ato, mas um hábito” (Aristóteles).