Entre os resultados alcançados estão a redução de captação de água e aumento da utilização da água de reúso
O Grupo Opersan e a Crown Embalagens, desde 2018, possuem uma parceria para que a Opersan realize os serviços de gestão hídrica da unidade de Cabreuva da Crown, portanto seus recursos humanos e a expertize na operação e manuteção de todos os sistemas de tratamento de águas e efluentes desta unidade.
Agora, esta sólida parceria foi ampliada. As empresas assinaram um novo contrato para que o Grupo Opersan instale e também opere, durante anos, um novo sistema de reúso de água.A Crown é uma das mais importantes fabricantes de latas de alumínio para cerveja, refrigerantes, sucos e chás do Brasil e está presente no País desde 1996, ano em que iniciou a fabricação de embalagens de alumínio para bebidas. Adotando modernos conceitos de gestão, é considerada referência mundial em termos de eficiência, qualidade, custos, meio ambiente, saúde e segurança do trabalho. A empresa possui seis unidades fabris, localizadas em: Cabreúva-SP (Latas), Estância-SE (Latas), Ponta Grossa-PR (Latas), Teresina-PI (Latas), Manaus-AM (Tampas), e a mais recente em Rio Verde - GO, inaugurada no segundo semestre de 2019. Elaborado pelo Grupo Opersan, o projeto de reúso e gestão hídrica na indústria de embalagens de alumínio tem por objetivo principal realizar o desenvolvimento técnico, a implantação e a operação de uma Estação de Tratamento de Efluentes (“ETE”), que inclui como processo final um sistema de produção de água de reúso. A água tratada a partir do novo sistema deverá atender a rigorosos padrões de qualidade e será totalmente utilizada no processo produtivo da Crown Embalagens. Atualmente, a unidade de Cabreúva da Crown Embalagens produz, aproximadamente, três bilhões de latas de alumínio por ano e, para fabricação desta quantidade, o consumo de água industrial é de aproximadamente 290.000 m³/ano. Toda a água industrial utilizada pela unidade antes do novo sistema de reúso ser implantado era oriunda de poços profundos e/ou concessionária pública. Com a nova estação, os efluentes industriais gerados continuarão sendo lançados para tratamento em um processo físico-químico convencional composto de coagulação, floculação, decantação e filtração final, e a partir deste processo de tratamento inicial serão encaminhados para a nova unidade de reúso com tecnologia de membranas, que será composta por:
- Tanque de equalização
- Sistema de remoção de sólidos finos
- Sistema de dosagem química de nutrientes
- Reator biológico
- Tanque de membranas MBR
- Tanque de permeado
- Tanque de oxidação química e proteção microbiológica
- Sistema de desaguamento de lodo
O sistema MBR ocupará uma área de aproximadamente 450 m².
A geração de efluentes ocorre durante 24 horas por dia, 30 dias por mês e a vazão média de tratamento será de 22 m³/h. O efluente tratado do novo sistema de reúso, denominado como permeado, será armazenado e encaminhado para o processo terciário de produção de água de reúso ou água industrial. Na eventualidade de não haver demanda para a água de reúso em algum momento específico da vigência do projeto, o permeado do sistema MBR será descartado em corpo receptor, atendendo às exigências ambientais, conforme padrões descritos no artigo 11 do Decreto 8468/76. Para que estes rigorosos parametros de água industrial e/ou de lançamento em corpo hídrico fossem atendidas, o Grupo Opersan optou por utilizar a tecnologia de tratamento via Osmose Reversa, assim sendo o processo terciário de produção de água de reúso será composto por:- Tanque de água industrial bruta
- Unidades de filtração para pré-tratamento
- Sistema de decloração
- Unidade de Osmose Reversa de duplo estágio
- Tanque de água de reúso e sistemas de bombeamento
- Sistema de limpeza química da Osmose Reversa
- Redução de captação de água: 24 m³/h ou 17.280 m³/mês
- 50% da água utilizada na produção da fábrica será oriunda do processo de reúso;
- Contratação do Grupo Opersan para realizar os serviços de operação e manutenção de todos os sistemas de tratamento de águas e efluentes;
- Redução mensal de aproximadamente 1.500 toneladas de DBO e 6.800 toneladas de DQO lançadas em corpo receptor, com eficiências de remoção comprovadas no processo superiores à 98%;
- Redução de diversos outros contaminantes, que antes se encontravam enquadrados dentro dos limites permissíveis da legislação aplicável.