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As Mulheres do Setor: Wilma Ayako, ABTS

Conheça um pouco mais da Vice-Diretora Cultural da ABTS: “Acredito que finalmente a valorização da mulher e a igualdade começou a ser conquistada. Muitas mulheres estão mostrando duas capacidades, aparecendo e fazendo a diferença”

Especial Mulheres 10 de março de 2021 | Por: Redação TS
As Mulheres do Setor: Wilma Ayako, ABTS

Bacharel em Química, é Mestre em Ciência dos Materiais na USP/IPEN. Já atuou na Bragussa e Electrochemical. Atualmente é Vice-Diretora Cultura da ABTS, onde foi também presidente. É profissional liberal e consultora técnica

O Dia Internacional das Mulheres é 8 de março; muitas delas engrandecem o setor de superfície com seu trabalho, conhecimento e visão feminina do negócio. São essas guerreiras que o Portal TS quer homenagear neste ano. Conheça um pouco da história da Wilma Ayko, Vice-Diretora Cultural da Associação Brasileira de Tratamento de Superfície -ABTS. “Iniciei minha carreira como auxiliar de laboratório, quando estudava técnico em química, em 1976, aos 17 anos de idade. A Bragussa que era uma subsidiária da Degussa AG, empresa alemã, me deu todas as oportunidades de aprender e crescer junto com o mercado, permaneci lá por 19 anos. Fiz faculdade, Bacharel em Química com atribuições Tecnológicas, na FASB. Depois fiquei 23 anos na Electrochemical, empresa que começou distribuindo produtos da Degussa, mas que depois abriu o leque de representações e desenvolvimentos. Fiz Mestrado em Ciência dos Materiais na USP/IPEN. Paralelamente, atuo como Diretora na ABTS desde 1995 ininterruptamente. Já ocupei cargos no conselho, duas vezes como Diretora Cultural, fui presidente na gestão de 2010-2012, fui coordenadora geral do EBRATS/INTERFINISH 2015, e, atualmente, ocupo o cargo de Vice-Diretora Cultural. Atualmente sou profissional liberal e consultora técnica”, conta.

Qual você considera a sua maior contribuição para o setor de Tratamento de Superfície?

Minha vida profissional sempre foi na área de tratamentos de superfície, acredito que a minha vocação é na área cultural e de assistência técnica. Desta forma meus propósitos casaram com os da Associação Brasileira de Tratamento de Superfície -ABTS, onde encontrei o ambiente perfeito para aprender e propagar experiências técnicas. Na vida profissional, trabalhar na assistência técnica e comercial me deram a condição de exercer o papel de consultora para ajudar os empresários a desempenhar tecnicamente o melhor das suas atividades, dentro da minha área de conhecimento. Sinto felicidade em ser quem trouxe a tecnologia da produção de joias ocas por Eletroformação de Ouro, depois de trabalhar em assistência técnica e ter comandado uma equipe de engenheiros e químicos em todo o Brasil e parte dos países da América do Sul. Na ABTS, me orgulho de contribuir na revisão e reformatação do curso de Tratamentos de Superfície, o mais importante curso do setor e já está na sua 153ª edição. Também me orgulho de, na minha gestão como presidente da ABTS, digitalizar todas as edições das revistas da nossa associação, desde que eram em formato de ‘Noticiário da Galvanoplastia’ (1968), foram mais de 14.000 páginas digitalizadas que podem ser acessadas por qualquer pessoa. Acho fomos muito felizes, quando fui Diretora Cultural na ABTS, em 2004, não se falava em palestras digitais e nós, da ABTS, tivemos a iniciativa de filmar todas as palestras técnicas (que ocorriam todos os meses) para que os profissionais, sobretudo àqueles que eram de fora de São Paulo, tivessem acesso via nosso site.

Como enxerga o papel das mulheres em setores-chave da economia? E na Indústria, em especial?

Vejo com muito entusiasmo e acredito que finalmente a valorização da mulher e a igualdade começou a ser conquistada. Muitas mulheres estão mostrando duas capacidades, aparecendo e fazendo a diferença. Mas tenho consciência de que ainda estamos no começo.

Como enxerga o futuro do Tratamento de Superfície?

O futuro requer de todos nós consciência de que enfrentaremos grandes mudanças e consequentemente grandes desafios; não sei como será, mas tenho certeza que será muito diferente. São mudanças comportamentais, estruturais que irão acarretar mudanças nas formas de consumo e de necessidades do mercado. Temos que buscar entender e agir rapidamente para acompanhar toda essa revolução.

 

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