Acompanhe as entrevistas especiais, nas quais algumas companhias revelam como lidaram com essa dinâmica de preços e escassez, mas que também mostram um prognóstico otimista para 2022.
Especial Insumos
Conversamos com Claudinei e Vanessa Gotardo, respectivamente Diretor Comercial e Diretora Financeira da Gotaquímica, empresa que há mais de 40 anos fornece produtos químicos, também especialista em envase de Ácidos e Bases, para saber detalhes de como eles têm lidado com os desafios atuais da crise de insumos, principalmente, do ácido sulfúrico. Acompanhe:
“O cenário do sulfúrico para galvanoplastia foi bem desafiador, tivemos problemas com os maiores fabricantes do mercado com paradas não programadas para manutenção, preço e atrasos do enxofre mais o frete internacional altíssimo fizeram o produto subir a patamares nunca vistos em 40 anos que distribuímos esse produto, porém, como temos um parque de tancagem bem amplo do produto, não deixamos nenhum cliente parar sua produção e fizemos uma política de dividir o volume, reforçando nosso compromisso com a nossa clientela, que nos prestigia ano a ano.”
“O cenário global está muito confuso por causa da diminuição da produção da China, imposta pelo Governo Chinês para bater a meta sobre poluentes.
A Europa sofre com o alto custo do gás natural que, por sua consequência, deixa a matéria-prima mais cara pelo custo da produção.”
“Estamos com algumas importações em atraso devido à falta de espaço nos navios e alta demanda – como distribuidor sou obrigado a repassar os novos custos, pois, como filosofia, trabalhamos com o custo de reposição e, diante deste cenário, não seria saudável absorver inúmeros reajustes.”
“O Sulfúrico 98% representa em torno de 20% do nosso faturamento, mas, em geral, todos os insumos importados e nacionais vêm sofrendo pressão de preço, o cenário ainda é muito incerto e o nosso sentimento é que os preços ainda irão ficar maiores, então, recomendo para quem tem espaço e caixa deixar sua matéria-prima armazenada e não fazer contrato de longo prazo.”
“Importamos de diversas origens, Rússia, Turquia, China, Espanha, Índia, e todos estão com dificuldades e atrasos na produção e o frete internacional para carga IMO (carga perigosa) já está no patamar de U$12.000 por FCL e mesmo assim é difícil achar disponibilidade de equipamento.”
“Podemos afirmar que o nosso compromisso é ter estoque local para que os nossos clientes não parem sua operação e possam contar com a nossa qualidade e competência de mais 40 anos de mercado na importação e distribuição de produtos químicos.”