Fundador da Ferreira Indústria Química conta a sua história e compartilha os pontos fracos e fortes da indústria
Sr. Benedito Afonso Ferreira
Ferreira não é só o nome da companhia inaugurada em 1985, é também como é conhecido o Sr. Benedito, o fundador: “Sou Benedito Afonso Ferreira, mais conhecido e chamado como Ferreira”, conta.
Lá nos idos de 1970, Ferreira iniciou seus estudos em Química por conta de uma oportunidade profissional, ele detalha: “Vim do interior do estado do Paraná para capital paranaense, Curitiba, com os objetivos de estudar e procurar uma formação profissional, foi quando iniciei o curso de Técnico em Química, atendendo a sugestão de um amigo para trabalhar com ele”.
Há pessoas que cruzam a nossa vida para serem fundamentais ao determinar nosso destino; assim foi com o amigo do Sr. Ferreira, pois ele faleceu em um acidente logo após ter realizado o convite e Benedito ter iniciado os estudos em Química. “Continuei estudando, foi quando fui convidado para desenvolver um processo de cromagem de plásticos ABS, na Plastipar Indústria e Comércio, de Curitiba, em 1974. Encantei-me pelo setor sendo eleito funcionário padrão da companhia”, diz. Nove anos depois, ele fundou a Ferreira, Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Produtos Químicos Ltda. “Nossa empresa, a Ferreira, trabalha no ramo de tratamento de superfícies, fornecendo produtos, processos e equipamentos, sendo única no país”, orgulha-se.
Sr. Benedito formando Técnico em Química pelo Instituto Politécnico Estadual, em 1977
Novas pessoas, inúmeros aprendizados
O empresário recorda-se de outras importantes pessoas de sua trajetória: “Convivi com o falecido Sr. Malvino, diretor da Orwec Química. Foi ótimo para meu desenvolvimento técnico no setor. Também tive a felicidade de conhecer o Dr. Eugenio Bertorelle, pai da química no mundo (n.e.: o professor e Doutor italiano Eugenio Bertorelle foi responsável por escrever ‘Tratado de Galvanotécnica’ entre outros livros-referência para o setor de Tratamento de Superfície – inclusive, palestrou no EBRATS de 1981, com o tema: “Evolução dos Tratamentos Superficiais).
O Sr. Ferreira continua: “Quando pedi para sair da Plastipar para seguir meu caminho na área, fui convidado para trabalhar na Rohco indústria Química, convite feito através do amigo Sr. Roberto Constantino, quando conheci meu grande amigo, e diretor da Rohco na época, Sr. Luiz Gervásio, irmão, camarada, grande homem que, juntos, lado a lado, trabalhamos durante 25 anos. Aprendi muito com ele, sua história de vida me ensinou muito, jamais vou esquecer”, relembra e homenageia.
A visão da indústria
Com quase 50 anos de atuação no segmento de tratamento de superfície, em uma empresa que oferece diferentes serviços ao setor, o Sr. Ferrreira tem uma experiência abrangente sobre os pontos fortes e fracos da indústria, os quais faz questão de compartilhar: “As dificuldades são inúmeras como indústria, não vivemos num país sério e responsável: nossas matérias-primas são praticamente todas importadas, gerando dificuldades. A pintura vem ao longo dos anos dominando o setor de tratamento de superfícies. Com a falta de matéria-prima no mundo, as dificuldades aumentaram e, muito, em função da desonestidade geral que existe em todos os setores”, revela o empresário.
Sobre os aspectos positivos, ele é claro: inovação. “Sempre existe algo a ser inovado ou descoberto, temos que estar muito atentos sempre. Esse é o meu legado”
Para finalizar, o executivo aconselha: “Dica para todos os setores: trabalhei durante muitos anos, sempre com muito êxito, por isso sempre direi: trabalhe muito, procure sempre fazer o melhor, com honestidade e caráter. Com certeza você será um vencedor!”.
