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A difícil arte no acerto da cor


Orientações Técnicas 27 de maio de 2021 | Por: Nilo Martire Neto
 
Consultor, Eritram Coatings

 

O presente artigo é uma republicação da Orientação Técnica (o original foi publicado na  Revista Tratamento de Superfície, edição 79, setembro/outubro de 1996, página 51.

A fabricação de tintas recebe constantemente melhorias em métodos e equipamentos, onde uma das operações mais estudadas é o acerto da cor, pois dependente fundamentalmente da habilidade do homem. Hoje já existem colorímetros que ajustam as cores com grande precisão, porem para alguns  tipos de tinta, como metalizadas ou peroladas, ainda é  indispensável a atuação deste profissional fundamental que é o colorista.

Estes especialistas têm uma incrível habilidade em ver nuances de cor, que somada  à treinamentos específicos em equipamentos de pintura e medição aumenta substancialmente a eficiência  destes  geniais profissionais. No entanto este trabalho se baseia na comparação visual o que torna-se um método muito subjetivo e limitado.

As tintas são constituídas por resinas, pigmentos, solventes e aditivos. Os pigmentos e cargas são dispersos em  uma parte da resina, aditivos dispersantes/ humectantes e solventes. Existem vários tipos de dispersores para um determinado pigmento ou qualidade de dispersão estabelecida. Após esta operação, a tinta recebe os componentes restantes somados aos ajustes dos parâmetros físico-químicos. Logo após inicia-se o acerto da cor, utilizando-se  concentrados de pigmentos ou os “mixings”.   

O acerto da  cor através dos colorímetros é feita por meio de três atributos, ou seja a tonalidade, claridade e a saturação. Já na avaliação feita pelos coloristas, as cores são observadas em três diferentes ângulos, ou seja, perpendicular; especular visto em ângulo paralelo à reflexão de luz e em ângulo de 45 graus. O colorista conclui assim, qual a cor que está faltando ou em  excesso,  agregando à tinta o concentrado da cor necessária para o acerto final. Em média esta operação se repete por três vezes, demandando muito tempo pois tem-se que somar à ela a pintura de um painel, secagem e envelhecimento dos corpos de prova. No caso dos colorímetros, mede-se nuances de cor através de formulas matemáticas, fornecendo assim, o percentual do concentrado de cor necessário para o acerto da tinta. Estes equipamentos analisam também os corpos de prova em três diferentes ângulos, denominados L, para a claridade; A, para as cores vermelha/verde e B para o azul/amarelo. Desta forma  a cor é medida de acordo com o tom e subtom predominante e também pela intensidade ou claridade, nos indicando se ela está mais clara ou escura comparada ao padrão. O equipamento mede também a saturação indicando se a cor está mais ou menos limpa.

O mercado de tintas mais agitado, é sem dúvida o da automobilística, que lança todos os anos veículos de cores diferentes. Desta forma são necessários um grande número de especialistas, trabalhando nas mais diferentes áreas, desde estudos de mercado, chegando-se por fim até os laboratórios de formulação de tintas demandando em média mais de dois anos até que o veículo seja lançado. Dados atuais nos indicam que 38% dos carros pintados no mundo são na cor branca. Das outras mais importantes, o preto pintou  18%; o cinza 12%; o prata, 9%; perfazendo cerca de 77% do veículos pintados. Outras cores, temos o azul com aproximadamente 9%; o vermelho 7% e vem crescendo veículos nas cores verde, e cobre-dourados. A informação é genérica, e varia de acordo com o país e o ânimo do seu povo, e assim se prevê para o Brasil cores vivas e claras, o que comprova a melhoria do país e na qualidade de vida de seus habitantes. 

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